OFICINA TEORIA E PRÁTICA DO ROTEIRO CINEMATOGRÁFICO - TÓPICOS AULA 2

OFICINA TEORIA E PRÁTICA DO ROTEIRO CINEMATOGRÁFICO

COORDENADOR: SÉRGIO PUCCINI


PERSONAGEM

- Personagem no Cinema x Personagem no Romance

- Construção do Personagem:

Traços físicos

Ambiente

Ação

- Biografia Personagem (motivação, coerência, etc)

- Perfil dos Personagens (diversidade, contrastes)

- Personagem x Gênero

- História conduzida por Personagem x História conduzida pela Ação

MODELO CLÁSSICO

PROTAGONISTA = personagem principal da história, “dono” da ação

PROTAGONISTA + INCIDENTE = NECESSIDADE DRAMÁTICA

NECESSIDADE DRAMÁTICA = o que o personagem quer no decorrer da história? O que ele precisa para que possa superar um conflito.

Protagonista orientado por uma meta

PROTAGONISTA + NECESSIDADE + OBSTÁCULOS = CONFLITO

OBSTÁCULOS = ANTAGONISTA (vilão, etc...) ou FORÇAS ANTAGÔNICAS (natureza etc...); personagens ou situações que dificultarão a vida do protagonista, gerando, ou aumentando, o conflito.

CONFLITO = entrechoques de vontades contrárias.

O choque produz a alteração de uma situação = mudança, movimento, ação dramática.

CONFLITO EXTERNO = força antagônica externa ao personagem

CONFLITO INTERNO = força antagônica no próprio personagem

AÇÃO DRAMÁTICA = ação do personagem orientada pela necessidade de se superar um conflito, de restabelecer um equilíbrio.

- Evolução da ação, transformação do personagem

- UNIDADE DE AÇÃO + freqüente

(3 UNIDADES DRAMÁTICAS = ação, tempo e lugar)

OFICINA TEORIA E PRÁTICA DO ROTEIRO CINEMATOGRÁFICO - TÓPICOS AULA 1

OFICINA TEORIA E PRÁTICA DO ROTEIRO CINEMATOGRÁFICO - AULA 1

COORDENADOR: SÉRGIO PUCCINI


STORY LINE = Resumo da história a ser tratada pelo roteiro em poucas linhas, ou palavras.

SINOPSE OU ARGUMENTO = Resumo um pouco mais elaborado (de algumas páginas) dos acontecimentos que serão apresentados pelo roteiro, sem a necessidade de se escrever os diálogos.

ESCALETA = Resumo de todas as cenas do roteiro na ordem em que serão apresentadas pelo filme. Resume a estrutura narrativa do roteiro.

ROTEIRO (Master Scene) = Trás a trama propriamente dita, apresentada de forma detalhada, cena a cena, com diálogos, descrições de personagens (sintéticas), descrições dos ambientes (sintéticas), descrições das ações dos personagens. Um roteiro nada mais é do que um amontoado de cenas encadeadas a partir de uma lógica narrativa.

ROTEIRO TÉCNICO (Shooting Script) = Roteiro que trás toda a decupagem técnica, ou seja, todas as indicações dos planos de câmera.

A CENA DRAMÁTICA

menor parte do roteiro, bloco contínuo de ação.

A cada mudança de lugar e tempo da ação, muda-se a cena!!!

Cuidados na descrição das cenas:

- A cada início de cena descrever quem está na cena

- Descrição sintética e objetiva, deve informar todos os elementos principais da cena (personagens que estão na cena e objetos que tenham função dramática)

- Descrever somente o que se pode ver. Não descrever pensamentos dos personagens, coisas que não estão na imagem

EXT. RUA – DIA

João atravessa a rua pensando na conversa que teve com Maria.


- Usar sempre o MESMO nome para se referir a um determinado personagem ou a um lugar no cabeçalho

- Evitar redundâncias entre o que está na descrição da cena e diálogos


INT. APARTAMENTO MARIA/SALA – NOITE

Maria entra na sala e diz para Ana que vai viajar.


MARIA (para Ana)

Ana, vou viajar.


OFICINA ROTEIRO DOCUMENTÁRIO - BIBLIOGRAFIA DO CURSO

OFICINA ROTEIRO DE DOCUMENTÁRIO

COORDENADOR: SÉRGIO PUCCINI

BERNARDET, Jean-Claude. Cineastas e imagens do povo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

CAVALCANTI, Alberto. Filme e realidade. Rio de Janeiro: Editora Artenova, EMBRAFILME, 1977.

Carrière, Jean Claude; Bonitzer, Pascal. Prática do Roteiro Cinematográfico. São Paulo: JSN

Editora, 1996.

Chion, Michel. O Roteiro de Cinema. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

Comparato, Doc. Da Criação ao Roteiro. Rio de Janeiro: Ed. Rocco, 1995.

DA-RIN, Silvio. O espelho partido: tradição e transformação do documentário. Rio de Janeiro: Azougue

Editorial, 2004.

Field, Syd. Manual do Roteiro. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 1995.

Howard, David; Mabley, Edward. Teoria e Prática do Roteiro. São Paulo: Editora Globo, 1995.

LABAKI, Amir. Introdução ao documentário brasileiro. São Paulo: Editora Francis, 2006.

LEONE, Eduardo. Reflexões sobre a montagem cinematográfica. Belo Horizonte: Editora: UFMG, 2005.

LINS, Consuelo. O documentário de Eduardo Coutinho: televisão cinema e vídeo. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar, 2004.

NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. Campinas: Papirus Editora, 2005.

REISZ, Karel; MILLAR, Gavin. A técnica da montagem cinematográfica. Rio de Janeiro: Editora

Civilização Brasileira, EMBRAFILME, 1978.

RODRIGUES, Chris. O cinema e a produção. Rio de Janeiro: Faperj, DP&A editora, 2002.

SARAIVA, Leandro; CANITO, Newton. Manual de roteiro. São Paulo: Conrad Livros, 2004.

WATTS, Harris. Direção de câmera, um manual de técnicas de vídeo e cinema. São Paulo: Summus

Editorial, 1999.


OFICINA ROTEIRO DOCUMENTÁRIO - ELEMENTOS DO DOCUMENTÁRIO

OFICINA ROTEIRO DE DOCUMENTÁRIO

COORDENADOR: SÉRGIO PUCCINI

ELEMENTOS DO DOCUMENTÁRIO

Imagem

1. imagens obtidas através de registros originais

1. 1. registros de eventos autônomos

1. 2. registros de eventos integrados

2. imagens obtidas em material de arquivo

3. imagens obtidas através de recursos gráficos

Som

1. som direto

2. som de arquivo

3. voz over

4. efeitos sonoros

5. trilha musical




OFICINA ROTEIRO DOCUMENTÁRIO - MODELOS DE PROPOSTA

OFICINA ROTEIRO DE DOCUMENTÁRIO

COORDENADOR SÉRGIO PUCCINI

AULA 2

MODELO DE PROPOSTA
Alan Rosenthal:

1. Declaração inicial trazendo o título e assunto do filme, sua duração aproximada.

2. Breve apresentação do assunto, com justificativa.

3. Estratégias de abordagem, estrutura e estilo.

4.Cronograma de filmagem (opcional).

5. Orçamento (aproximado).

6. Público alvo, estratégias de marketing e distribuição (opcional).

7. Curriculum do diretor e cartas de apoio e recomendação.

8. Anexos. Fotos, vídeos, desenhos mapas, qualquer coisa que enriqueça a proposta e ajude a vender o projeto1.


Michael Rabiger:

MODELO DE PROPOSTA DE FILMAGEM

Título do projeto: Formato:

Diretor: Diretor de fotografia:

Operador de áudio: Editor:

Outros: (função)

1. Hipótese de trabalho e interpretação.

2. Tema e exposição do tema.

3. Seqüências de ação.

4. Personagens principais.

5. Conflito.

6. Público alvo e expectativa de resposta dessa audiência.

7. Entrevistas. Lista descritiva dos entrevistados.

8. Estrutura.

9. Estilo.

10. Resolução.2

1. ROSENTHAL, Alan. Writing, directing, and producing documentary films and videos. Carbondale and Edwardsville: Southern Illinois University Press, 1996, p. 25.

2. RABIGER, Michael. Directing the documentary. Boston: Focal Press, 1998, p. 113.